O cinema na história do samba
O cinema nacional desempenhou um papel muito importante para difusão e valorização da música popular brasileira. Com a chegada do som na década de 1930, surge a chanchada. Apreciado até meados dos anos 1950, o gênero de comédia musical foi responsável por dar visibilidade a muitos sambistas e carnavalescos.
Os longas, que tiveram grande sucesso de bilheteria, traziam números musicais atrelados a uma trama ficcional. Considerado vulgar e desprezado pela crítica, o gênero era adorado pelo público e conquistava justamente por trazer astros da música – presentes constantemente nas rádios – como Carmen Miranda e Francisco Alves.
Nomes como Elizeth Cardoso, Germano Mathias e Mário Reis também marcaram presença neste período. Assista a alguns filmes produzidos nos anos dourados do cinema brasileiro:
“É fogo na roupa” (1952), de Watson Macedo.
“Carnaval Atlântida” (1952), de José Carlos Burle.
“Quem roubou meu samba?” (1959), de José Carlos Burle e Hélio Barroso.
“Bom mesmo é Carnaval” (1962), de J.B. Tanko.
A força da chanchada, que garantiu uma das épocas mais assistidas do cinema brasileiro, foi decaindo com a introdução das televisões aos lares e a introdução do gênero cinema novo – mais politizado.
Assim como o humor transferia-se dos cinemas para os programas de TV, os artistas também migravam para as telinhas em canais como a Record, Globo e Cultura. Dessa forma, perdem um espaço, mas ganham outro: na história do cinema e da música brasileira.