Ismael Silva critica o formato comercializado do Carnaval

Exlcuído do Carnaval, Ismael leva suas frustrações ao Correio da Manhã

Em 27 de fevereiro de 1965, o jornal Correio da Manhã publica uma nota com o título: “Sambista sem meio de ver escolas”. Seguida da pequena manchete, estava o retrato de Ismael Silva.

A matéria, por sua vez, dava voz ao compositor que estava inconformado com o preço cobrado para assistir ao desfile de Carnaval na avenida.

Ismael afirmava que não podia passar um Carnaval sequer sem ver as escolas, mas não tinha Cr$ 8 mil para comprar o ingresso. “Sou sambista, quer dizer, sou pobre”, apelava ao Secretário de Cultura sobre o desejo de ver a festa que ajudou a criar.

Depois de um mês, o Correio informa que Ismael não ganhou o ingresso. Nas palavras do sambista, era injusto que a criação recebesse auxílio do governo enquanto o criador era esquecido.

No entanto, o governo muda no fim de 1965 e, em 1966, a nova administração faz questão de reparar o acontecido. No Carnaval, Ismael é convidado a assistir o desfile da arquibancada principal.